Jogar, apostar, instigar, perguntar, oscilar, balançar, arriscar, dramatizar, pirar, marcar, usar, desabafar, prosar, compartilhar, selar, inventar, comprovar, alar, amontoar, interiorizar, acalmar, e , pra finalizar, abandonar.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Refletindo (mais uma vez)...

"É realmente impactante quando paramos para pensar e fazemos uma retrospectiva de tudo, passo a passo, momento a momento, palavra a palavra, gesto a gesto. Quando percebemos que não é certo depositar a culpa do desandar de toda uma história no outro e quando enxergamos que metade dos erros fomos nós mesmos que cometemos. É como colocar uma lente de aumento em tudo que passou pra procurar uma explicação mais clara dos comportamentos que motivaram toda confusão que acabou se formando. 


Não quero dizer que temos que apontar a seta de culpa toda para nós mesmos, mas é realmente libertador quando adquirimos sabedoria suficiente para lidar com o rumo que nós demos a tal situação e a sequência de outros rumos desencadeados a partir dele.
Admitir é uma boa maneira de começar a pensar numa forma de agir diferente e refletir sobre tantos anos de mancadas, de desencontros e de desacordos, tanto tempo perdido! A gente se sente pequeno pelo que fez e ao mesmo tempo gigante por entender o outro lado da história. 
Imaturidade para lidar com todo esse furacão de acontecimentos simultâneos talvez seja uma das explicações cabíveis, e colocar-se nessa posição de poder tomar para si o seus erros mais do que apontá-los e entender finalmente que os seus podem ter sido mais fatais que o do outro é uma boa maneira de começar a enxergar a vida de outro modo."

domingo, 8 de setembro de 2013

Trinta e Um

"Deu medo. Medo de querer te ouvir falar, medo de te olhar nos olhos, de te tocar. Confesso que fiquei perdido, mas soube disfarçar. Não foi fácil ficar a sós com você e manter o equilíbrio, não chorar, não tremer, não sair correndo ou desejar você em mim imediatamente. Que bom que por um instante nos sintonizamos, em meio àquela mensagem desastrosa que você deveria, mas não poderia ter lido. Foi bom como nos olhamos, como levemente sorrimos - como se fosse uma forma de finalizar todo aquele falatório interminável de antes - , como nos tocamos e finalmente, no nosso desajeito, nos beijamos. Qual foi a sensação eu não sei, nunca vou saber colocá-la em palavras, não sei o que eu senti, ou o que pensei, eu não sei. Só sei que foi estranho, diferente, compensante, revigorante. Então, quando finalmente dei por mim percebi que se o infinito existisse (e é uma pena que não), infinitamente ficaríamos ali feito um, sentados frente a frente, sem tempo nem lugar, sem eu nem você, apenas nós.. "





domingo, 22 de abril de 2012

[Nostalgia] Frágil poeminha aos 11

 Principal indicador de tempo
 É também um trabalhador incansável
 Muitas vezes vive ao relento
 Nos ajudando no que necessário.

Sempre está à nossa disposição
Presente nos momentos de alegria ou de aflição.
Todos nós temos dele um exemplar
Nascido conosco para nos alertar
Qual a hora de dormir e a de acordar.

Tanta responsabilidade sem nenhum reconhecimento
                                                   Deve levá-lo em algum momento
                                                   A encerrar o seu funcionamento.



sexta-feira, 13 de abril de 2012

sábado, 31 de março de 2012

Entrelinhas da Auto - Reflexão

 " Deixe-me pensar, eu preciso pensar para tentar me curar ou enlouquecer de uma vez por todas. Quem sabe pensando eu evaporo e transmigro desse mundo frustrante para um mais cor-de-rosa, que não me maltrate tanto e tente me entender melhor.                                                                     
  Deixe-me pensar para tentar mentalizar, nas profundezas dessa minha mente tão torturada, um lugar ideal, que me faça chorar menos, sentir menos (porque a essas alturas sentir é um tanto complicado), e encontrar pessoas que compartilhem da minha insânia inofensiva e se sintam felizes por isso.

  Deixe-me pensar, POR FAVOR, para me encontrar com um ‘eu’ mais experiente, que me aconselhe e me diga que vai ficar tudo bem brevemente, porque minha alma está pesando e meus braços não estão suportando segurar o mundo de todo mundo, eles estão estremecidos de tanta dor.
  Não me leve a mal, não estou me afastando. OK, eu estou. Mas não existem culpados, é que eu preciso pensar desenfreadamente para o tempo passar, para o tempo mudar, para EU melhorar. Eu não careço de ajuda, lhe garanto, eu só repito que preciso pensar, pensar, pensar...
  Pensar é minha saída, é minha força, é meu consolo. O pensamento faz por mim o que nada nem ninguém é capaz de fazer. Desculpa por esse desprezo repentino e aparentemente sem motivo, mas é que meus risos exacerbados em meio a todos tentam mascarar o que seria a minha verdadeira expressão de sentimento, e às vezes eu me sufoco para não deixar transparecer a verdade. Ela é minha e não é justa, mas às vezes eu não dou conta e preciso pensar.
  Compreenda que, apesar de querer ser de aço a todo custo, essa tarefa não é nada fácil, em consequência disso por vezes alguma uma lágrima se atreve a cair, mas não é nada! É apenas o fruto da minha derrota nessa frequente queda de braço em que as circunstâncias me colocam.
  Eu pensei, penso, e continuarei a pensar, a mudar, a crescer, e, apesar de tudo, tentar com as mínimas forças que ainda me restam, escapar e achar alguma dimensão longe daqui que me receba um pouco melhor e que tenha aquilo que chamam de PAZ, coisa que até hoje eu não sei do que se trata."

sábado, 24 de março de 2012

Desconfiado? Sei...

   
   Parei de ler Saussure em pleno sabadão pra jogar alguns engasgos pela janela, mas aviso que tenho de voltar logo, pois ele disse que não pretende, pelo menos nos próximos quatro anos, largar do meu pé, quer dizer, do meu cérebro, então eu vou abandoná-los com cada vez mais frequência, infelizmente.
   Só pra constar, é a primeira vez que eu escrevo coisas sobre mim em 1º pessoa aqui no blog, e isso é complicado, mas eu sobrevivo, e torço para que vocês também, vambora?
   Ando questionando além do normal ultimamente. A impressão que eu tenho é que com o passar do tempo essa minha mania perigosa torna-se mais frequente, como se em resposta a cobrança exterior, ou talvez pela necessidade natural do crescimento interior sobre o qual todos nós somos submetidos. O poder (se e que eu posso chamá-lo assim) do questionamento me agrada, é satisfatório querer saber sempre o que está por trás das verdades estabelecidas, construídas para que todos acreditem e não queriam saber o que é na verdade essa aparente ‘verdade’.  Às vezes eu tenho a impressão de que as pessoas não gostam desse tipo de gente chata, que pergunta demais e não acredita de imediato no que ouve. Essas pessoas maliciosas, paranoicas, sagazes, e por vezes, maldosas em pensamento, que fazem ou são assim não porque querem, mas porque são instintivamente forçadas a isso.
O problema é que além de ser uma questionadora do mundo (e com muito orgulho!), eu tenho o hábito de me questionar sobre o que eu disse e não deveria, ou o contrário disso, sobre o que eu não fiz, mas gostaria de ter feito, ou teria de ter feito, também o oposto disso, e no final desse labirinto louco onde eu me perco cada vez mais de mim e em mim, a que conclusão eu chego? Pois é, queridos leitores imaginários, a nenhuma.                                       
 “Ah meu bem, você não teve culpa. A vida é assim, ingrata” Não vem me dizer isso! Alguma coisa por trás do que se faz e fala (ou não) influencia no acontecimento das coisas, vamos parar de culpar a vida, ela é por vezes tirana, mas céus! Quem nunca foi?